O termo O Ócio Criativo ficou conhecido por ser título da obra de Domenico De Mais, lançado em 2000. O cientista e sociólogo criou o conceito de saber conciliar o trabalho com os estudos e o lazer de forma a equilibrá-los, sem se sobrecarregar e extraindo o máximo de cada momento. Ou seja, encontrar tempo e se dedicar a ele apenas para refletir, pensar, criar sugestões e ideias. Esta é uma qualidade muito praticada em países ocidentais.
E é neste momento que devemos nos inspirar, separando um tempo para praticar uma atividade prazerosa com nossas crianças. Afinal elas também necessitam de um tempo para refletir, ter novas ideias, observar, criar brincadeiras e pensar em alternativas para realizar uma atividade.
Acontece que vivemos em um mundo repleto de estímulos, brinquedos cada vez mais modernos e tecnológicos. Porém, nada nisso faz com que o ser humano que está em formação seja desafiado. Desafiado a conhecer novos sentimentos, desenvolver novas habilidades ou apenas sentir-se.
“(…) quando uma criança recebe um brinquedo pronto, que anda, pula, canta e faz coisas impressionantes, ela automaticamente entende que seu papel ali é de espectadora passiva: o brinquedo faz tudo por ela. Porém, crianças têm necessidades cognitivas de descobrir, explorar e tatear com as próprias mãos aquilo que não conhecem. ”
Sendo assim, um passeio ao ar livre sem uma rota certa, um momento de contemplação, deitar na grama ou mesmo ficar em silêncio juntos são belas oportunidades de praticar o ócio criativo e proporcionar liberdade para a criança explorar o novo ou apenas apreciar o momento presente.
Referência: Tempo livre e silêncio: o poder do ócio na vida das crianças, Lunetas.